Leishmaniose: sintomas, tratamento e prevenção da doença

Mais de 2,5 milhões de cães em toda a Europa têm a Leishmaniose Canina. Isso mostra a urgência de entender essa doença e tomar medidas para preveni-la. A leishmaniose é uma infecção causada por protozoários do gênero Leishmania. Ela afeta humanos e animais de estimação, como cães.
Existem dois tipos de leishmaniose: tegumentar (cutânea) e visceral (calazar). A transmissão ocorre pela picada de insetos flebotomíneos, ou “mosquito palha”. Os sintomas incluem lesões na pele, febre, anemia e aumento do fígado e baço. É crucial diagnosticar cedo e tratar adequadamente para evitar problemas sérios.
Principais pontos de atenção:
- A leishmaniose é uma doença infecciosa causada por protozoários do gênero Leishmania.
- Existem dois tipos principais: leishmaniose tegumentar (cutânea) e leishmaniose visceral (calazar).
- A transmissão ocorre pela picada de insetos flebotomíneos infectados, conhecidos como “mosquito palha”.
- Os sintomas variam de acordo com o tipo da doença, podendo incluir lesões na pele, febre, anemia e aumento do fígado e baço.
- O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para evitar complicações graves.

O que é leishmaniose e suas características
A leishmaniose é uma doença causada pelo protozoário Leishmania spp. Esse parasita infecta as células de defesa do corpo, chamadas macrófagos. A doença pode atingir a pele, mucosas e órgãos internos, dependendo do tipo. Ela afeta muito a saúde pública, especialmente em áreas onde é comum.
Definição da doença
A leishmaniose é causada por um protozoário do gênero Leishmania. Esse protozoário se multiplica dentro das células de defesa do corpo. A forma da doença pode variar, afetando a pele, mucosas e órgãos internos, dependendo da espécie de Leishmania e da resposta imunológica do hospedeiro.
Agente causador
O agente responsável pela leishmaniose é o protozoário Leishmania spp.. Ele é transmitido pela picada de insetos flebotomíneos, conhecidos como mosquito-palha ou mosquito-palha-pequeno. Existem várias espécies de Leishmania, cada uma com suas características e maneiras de se transmitir e manifestar a doença.
Impacto na saúde pública
A leishmaniose tem um grande impacto na saúde pública, principalmente em áreas onde é comum. Se não tratada, a doença pode causar sérias complicações e até a morte. O Brasil é um dos países com maior número de casos de leishmaniose, o que preocupa muito as autoridades de saúde.

“A pesquisa buscou verificar os efeitos da planta Dysphania ambrosioides, conhecida como mastruz, no combate à leishmaniose. O extrato salino da planta foi eficaz no tratamento da leishmaniose em comparação com outras plantas medicinais estudadas.”
Segundo a pesquisa, o índice de óbito por leishmaniose no Rio Grande do Norte é maior que a média nacional. Isso mostra a importância de se investir mais em prevenção e tratamento da doença nessa região.
Principais tipos de lechmaniose
A leishmaniose é causada por protozoários do gênero Leishmania. Ela se manifesta de três maneiras principais: leishmaniose cutânea, leishmaniose tegumentar e leishmaniose visceral.
Leishmaniose cutânea
A leishmaniose cutânea afeta a pele. Ela causa lesões ulceradas que podem se tornar crônicas. Essa forma é mais comum em áreas rurais e silvestres.
Leishmaniose tegumentar
A leishmaniose tegumentar atinge não só a pele, mas também as mucosas. Isso inclui a cavidade nasal, faringe e laringe. Pode causar destruição de tecidos e debilitar o paciente.
Leishmaniose visceral
A leishmaniose visceral é a forma mais grave. Ela ataca órgãos internos, como fígado, baço e medula óssea. Se não tratada, pode ser fatal, principalmente em crianças de até 10 anos.
Cada forma de leishmaniose tem características únicas. Isso inclui diferenças clínicas, epidemiológicas e de tratamento.

“A leishmaniose visceral, se não tratada adequadamente, pode ser letal, afetando fígado, baço e medula óssea.”
Transmissão e ciclo da doença
A leishmaniose é transmitida pela picada de insetos flebotomíneos infectados. Eles são chamados de “mosquito palha” ou “cangalhinha”. Esses insetos se contaminam ao picar animais ou pessoas infectadas.
Os animais reservatórios da leishmaniose são muitos. Incluem roedores, tamanduás, preguiças e raposas. Também cães domésticos. Eles abrigam o parasita, infectando os insetos vetores.
O ciclo de vida do parasita acontece no inseto vetor e no hospedeiro vertebrado. Isso permite a doença se espalhar entre espécies.
Estatística | Valor |
---|---|
Municípios brasileiros com casos autóctones de leishmaniose | Aproximadamente 1,6 mil |
Notificações de leishmaniose no continente americano | Mais de 90% ocorrem no Brasil |
Tempo de vida das fêmeas de flebotomíneos | Entre 20 e 30 dias |
Distância de dispersão de voo dos flebotomíneos | Aproximadamente 400 metros |
O Brasil tem muitas espécies de flebotomíneos. São os principais vetores da transmissão da leishmaniose.
Sintomas da leishmaniose visceral
A leishmaniose visceral, também chamada de calazar, é uma forma grave da doença. Ela é causada pelo parasita Leishmania. Os principais sintomas são:
- Febre irregular e prolongada
- Anemia e palidez da pele e mucosas
- Perda de peso
- Aumento do fígado e do baço
- Fraqueza e indisposição
- Falta de apetite
Em crianças, a leishmaniose visceral pode causar atraso no crescimento. A doença leva muito tempo para se resolver, podendo durar meses ou anos. Se não tratada, pode ser fatal.
Sintomas | Descrição |
---|---|
Febre irregular e prolongada | A febre é um dos principais sinais da leishmaniose visceral, podendo se apresentar de forma irregular e se estender por semanas ou meses. |
Anemia e palidez | A anemia é comum, resultando em palidez da pele e mucosas. |
Perda de peso | A doença leva a uma acentuada perda de peso, mesmo com a manutenção do apetite. |
Aumento do fígado e do baço | O fígado e o baço ficam aumentados devido à proliferação do parasita nesses órgãos. |
Fraqueza e indisposição | A combinação de febre, anemia e perda de peso resulta em fraqueza e sensação de cansaço constante. |
Falta de apetite | Apesar da perda de peso, os pacientes apresentam falta de apetite durante o curso da doença. |
É crucial notar que, sem tratamento, a leishmaniose visceral pode se tornar muito grave e fatal.

“A leishmaniose visceral é uma doença grave e potencialmente fatal, mas com diagnóstico e tratamento precoces, as chances de cura são elevadas.”
Manifestações da leishmaniose cutânea e tegumentar
A leishmaniose cutânea e a leishmaniose tegumentar são formas da leishmaniose. Elas se mostram por lesões na pele e mucosas. Cada uma é causada por diferentes espécies de Leishmania.
Sinais na pele
Na leishmaniose cutânea, começa com uma pequena elevação avermelhada na pele. Ela se torna uma úlcera com bordas elevadas, geralmente sem dor. Essas lesões aparecem em várias partes do corpo, mas mais em áreas expostas.
Comprometimento das mucosas
Na leishmaniose tegumentar, além das lesões na pele, afeta as mucosas do nariz, boca e garganta. As lesões podem causar destruição de tecidos, perfuração do septo nasal ou do palato. Em casos graves, pode causar desfiguração facial.
Evolução das lesões
As lesões de leishmaniose cutânea e leishmaniose tegumentar evoluem de forma crônica. Elas podem durar semanas ou meses. Sem tratamento, as lesões podem piorar, causando infecções secundárias e cicatrizes permanentes.
É crucial fazer um diagnóstico precoce e seguir o tratamento médico. Isso ajuda a evitar o pioramento das lesões e a prevenir a disseminação da doença para outras partes do corpo.
Diagnóstico e exames necessários
O diagnóstico da leishmaniose envolve uma análise clínica detalhada e exames laboratoriais. Vários testes são feitos para encontrar o parasita e confirmar a doença.
Para a leishmaniose tegumentar, o exame direto e a PCR são usados. Eles são mais precisos. Além disso, testes sorológicos como IFI e ELISA também ajudam.
Na leishmaniose visceral, os testes sorológicos são mais comuns. O rK39 e a IFI são usados. A PCR também ajuda no diagnóstico molecular.
É crucial fazer o diagnóstico precoce. Isso melhora o tratamento e diminui complicações. Além disso, testar animais, como cães, ajuda no controle da doença.
Tipo de leishmaniose | Principais exames de diagnóstico |
---|---|
Leishmaniose tegumentar | Exame direto PCR Imunofluorescência indireta (IFI) ELISA |
Leishmaniose visceral | Teste rápido imunocromatográfico (rK39) Imunofluorescência indireta (IFI) PCR |
Portanto, o diagnóstico da leishmaniose usa avaliação clínica e exames laboratoriais. Isso ajuda a encontrar o parasita e tratar a doença corretamente.

Tratamentos disponíveis e medicamentos
O tratamento da leishmaniose no Brasil é complexo. Ele varia conforme o tipo e a gravidade da doença. O antimoniato de meglumina (Glucantime) é o principal remédio para todas as formas da leishmaniose. Já a anfotericina B e a pentamidina são usadas como alternativas.
Opções terapêuticas
De acordo com o Ministério da Saúde e a Fiocruz, os principais remédios são:
- Antimoniato de meglumina (Glucantime): o primeiro tratamento para todas as formas da doença.
- Anfotericina B: a segunda opção terapêutica.
- Pentamidina: também usada como tratamento alternativo.
- Miltefosina: o mais novo, aprovado em 2015.
Para a leishmaniose cutânea localizada, a crioterapia ou medicamentos tópicos são opções.
Acompanhamento médico
O acompanhamento médico regular é crucial durante o tratamento. Os médicos devem monitorar a eficácia da terapia e ajustar os remédios conforme necessário. É importante manter o monitoramento mesmo após a cura clínica, pois recaídas podem acontecer.
Apesar dos esforços, ainda há falhas no tratamento da leishmaniose no Brasil. Isso resulta em mais de cem mortes por ano. Isso mostra a necessidade de melhorar os protocolos terapêuticos e garantir o acesso aos medicamentos.

Medidas de prevenção e controle
A prevenção da leishmaniose é essencial para diminuir os casos da doença. Isso ajuda a proteger a saúde pública. Algumas medidas importantes incluem:
- Usar repelentes eficazes contra mosquitos-palha, principalmente em áreas de risco e à noite.
- Colocar telas de proteção em portas e janelas para impedir a entrada dos mosquitos.
- Usar mosquiteiros durante o sono, especialmente em lugares perto de matas ou periferias urbanas.
- Evitar sair em áreas com risco de transmissão da doença, principalmente à noite.
O controle da leishmaniose também envolve ações ambientais importantes:
- Manter quintais e áreas verdes limpos, fazendo a poda regular de árvores e arbustos.
- Eliminar lixo e matéria orgânica em decomposição, que atrai mosquitos e reservatórios da doença.
- Informar a população sobre a importância de cuidar bem com animais domésticos, como cães, que podem ser reservatórios do parasita.
Essas ações integradas de prevenção e controle da leishmaniose são cruciais. Elas ajudam a diminuir a doença e protegem a saúde da população.

“Adotar medidas preventivas é a chave para controlar a leishmaniose. Isso ajuda a reduzir seus impactos na saúde pública.”
Cuidados com animais domésticos
A leishmaniose afeta humanos e animais de estimação, como cães. É crucial tomar medidas para proteger nossos pets. Isso ajuda a evitar a propagação da doença.
Prevenção em cães
Para evitar a leishmaniose em cães, é importante:
- Usar coleiras repelentes para afastar mosquitos.
- Aplicar inseticidas tópicos, como spot-on, regularmente.
- Manter a higiene do ambiente, limpando quintais e áreas próximas.
- Vacinar os cães a partir dos 4 meses, com 3 doses e revacinação anual.
Embora existam vacinas, elas não são usadas oficialmente para controlar a leishmaniose visceral humana.
Manejo ambiental
O manejo ambiental também é essencial na prevenção da leishmaniose. Inclui:
- Limpar regularmente quintais e áreas próximas.
- Evitar o acúmulo de resíduos orgânicos, que atraem mosquitos.
- Mantenha a vegetação e arredores das casas bem cuidados.
Adotar essas práticas ajuda a reduzir a leishmaniose. Protege a saúde de nossos pets e da comunidade.

Conclusão
A leishmaniose é uma doença séria que precisa de cuidado e prevenção. É crucial entender sobre a conscientização sobre a leishmaniose, seus sinais, como ela se espalha e como se prevenir. Fazer um diagnóstico precoce e tratar bem é essencial para evitar problemas maiores.
A importância da prevenção é clara, pois a leishmaniose visceral pode ser fatal em mais de 90% dos casos não tratados. As ferramentas para prevenir e controlar a doença são poucas. Por isso, é necessário tomar medidas fortes, como evitar o contato com o vetor e ações de saúde pública baseadas no risco.
É fundamental que saúde, comunidades e donos de animais trabalhem juntos para combater a leishmaniose. Só assim será possível superar essa doença que é um grande desafio para a saúde pública em todo o mundo.
FAQ
O que é a leishmaniose?
A leishmaniose é uma doença causada por protozoários do gênero Leishmania. Tem dois tipos: tegumentar (cutânea) e visceral (calazar). É transmitida pela picada de insetos flebotomíneos infectados, chamados “mosquito palha”.
Quais são os principais sintomas da leishmaniose?
Os sintomas dependem do tipo de leishmaniose. Na visceral, a febre, anemia e palidez são comuns. Também há perda de peso e fraqueza. Na cutânea, uma úlcera aparece na pele.
Como é feito o diagnóstico da leishmaniose?
O diagnóstico usa avaliação clínica e exames de sangue. Também se faz biópsia de pele, mucosas, baço, fígado ou medula óssea.
Quais são os tratamentos disponíveis para a leishmaniose?
O tratamento depende do tipo e da gravidade. Inclui antimoniato de meglumina, anfotericina B e pentamidina. Para leishmaniose cutânea, usam-se tratamentos tópicos ou crioterapia.
Como prevenir a leishmaniose?
Para prevenir, use repelentes e telas. Evite áreas de risco, especialmente à noite. Também é importante manter a higiene do ambiente.
Como proteger os animais domésticos da leishmaniose?
Para cães, use coleiras repelentes e inseticidas tópicos. Mantenha a higiene do ambiente. Vacinas existem, mas não são usadas para prevenir a leishmaniose visceral humana.